Além de recomendar que o show não acontecesse, o MPF e o MPDFT pediram que a venda dos ingressos fosse suspensa pela casa de shows.
“Há evidências de que integrantes e ex-integrantes da banda estão envolvidos com apologias neonazistas, suicídio, canibalismo e assassinato, além de diversos tipos de violências e discriminações, incluindo queima de igrejas, referências à extrema violência, incitação à mutilação, declarações racistas e antissemitas, entre outros”, diz a recomendação, assinada por promotores.
No Distrito Federal, o documento pedindo o cancelamento foi enviado para a Administração Regional do Guará, onde fica a casa de shows, para a Secretaria de Segurança Pública e para as empresas envolvidas na produção do evento.
No texto, os promotores afirmam que a liberdade de expressão “tem relevante papel no Estado Democrático de Direito”, mas não pode implicar “na aceitação jurídica da promoção de discurso de ódio e/ou do ataque, em espaço público ou privado, de qualquer indivíduo, grupo ou coletividade”.
O MPDFT disse que foi acionado na quinta-feira (16), por representantes de movimentos sociais que lutam contra o racismo e o antissemitismo. O MPF foi então consultado para expedir a recomendação conjunta, “tendo em vista a gravidade dos fatos noticiados e a inadmissibilidade da realização desse tipo de evento no Distrito Federal ou em qualquer lugar do mundo”.
Ao g1, a banda negou as acusações e disse que a Mayhem não tolera “crimes de ódio”. Informou ainda que é “uma entidade apolítica com milhares de fãs em todo o mundo, de todos os tipos de origens e com todos os tipos de crenças, ideias e preferências”.
O grupo disse que “nem a banda nem nenhum de seus membros toleram racismo, nazismo, homofobia ou qualquer outro ‘crime de ódio’. Embora algumas declarações contrárias tenham circulado no passado por membros individuais, isso está longe, no passado, e também nunca foi uma forma de postura oficial da banda”.
A banda também declarou que “qualquer forma de julgamento baseado apenas no histórico de uma pessoa, cor da pele, preferência sexual ou qualquer outra coisa sobre a qual ela não possa ter controle é um ato de fraqueza e é rejeitado pela banda”.
Formada em 1984 pelo guitarrista Euronymous – pseudônimo de Øystein Aarseth, o baixista Necrobutcher e o baterista Manheim, a banda Mayhem já protagonizou diversas polêmicas. O grupo foi um dos integrantes do “Inner Circle” (Círculo Negro), que pregava, dentre seus ideais, ódio contra o cristianismo.
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