Depoimento: adolescente teria sido isca na morte de bombeiro
Por: Villian Nunes
As investigações sobre o caso que levou à descoberta do “cemitério clandestino” em Ananindeua continuam. Dessa vez, mais um um importante fato foi adicionado ao inquérito.
Uma adolescente de 16 anos foi conduzida por policiais militares para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios, na manhã desta quarta-feira (16). A jovem teria envolvimento na morte do soldado bombeiro Allan Tadeu, que teve o corpo enterrado na área de mata, localizada no conjunto Maguari-Açu, em Ananindeua, na semana passada.
Segundo informações obtidas pelo repórter Wellington Jr., da RBA TV, junto a policiais militares do 29º Batalhão, a jovem mantinha um relacionamento com o bombeiro. Allan Tadeu desapareceu na madrugada do sábado, dia 5. Câmeras de segurança de um bar, na Cidade Nova, filmaram o militar ao lado de uma mulher – essa mulher, segundo as investigações, não teria envolvimento no homicídio.
Segundo investigações do Departamento de Inteligência do Corpo de Bombeiros, Allan Tadeu saiu do bar e deixou a mulher que o acompanhava no Conjunto Panorama 21. Em seguida – de acordo com informações obtidas pela PM – o bombeiro voltou para o apartamento onde ele morava, no Maguari-Açu, onde teve um encontro com a adolescente de 16 anos.
Informações obtidas pela Polícia Militar dão conta de que a adolescente sabia que o bombeiro guardava uma arma no apartamento. A jovem teria comentado sobre essa arma com criminosos que atuam no bairro Levilândia, também em Ananindeua.
A hipótese dos policiais é de que Allan Tadeu tenha sido sequestrado no apartamento. Os criminosos teriam levado Allan Tadeu para a área de mata, onde mataram e enterraram o bombeiro. A adolescente teria servido como “isca” para atrair a vítima para o sequestro e morte.
A adolescente não tem nenhum registro anterior por cometimento de ato infracional análogo a crime.
Segundo o Tenente-Coronel Maciel (29º BPM), que conduziu a adolescente até a delegacia, a jovem negou participação na morte de Allan Tadeu.
“Ela ficou muito abatida, porque achou que não fôssemos chegar a ela. Ela ficou muito nervosa, porque, de um lado, temos nós, a Polícia, o braço da lei, e de outro, uma facção criminosa, muito perigosa”, disse o policial.