Economia – Defeso – Preço do caranguejo tem alta de 7,5% em 12 meses em Belém. E pode aumentar mais
Edição: André Santos
Fonte/foto: O Liberal
Tendência é de mais aumento, segundo o Dieese Pará, sobretudo por conta do período de defeso. que é estabelecido para a preservação da espécie e da atividade comercial.
O preço médio do caranguejo teve alta de 3,86% em janeiro em relação ao mês anterior. Mas o produto apresenta reajuste de 7,56%, quando se analisam os últimos 12 meses, contra uma inflação de 5,53% no período.
É o que aponta o levantamento divulgado na quinta-feira, 18, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará) em conjunto com Secretaria Municipal de Economia de Belém (Secon-PMB).
O preço do caranguejo do tipo médio comercializado em feiras livres e mercados municipais de Belém apresentou alta mês a mês. A unidade era comercializada em média a R$ 2,25 em janeiro de 2020. Em dezembro daquele ano, já era vendida em média a R$ 2,33. Em janeiro de 2021, nova alta, sendo comercializada a R$ 2,42.
Segundo o Dieese, haverá novos aumentos no preço do produto, não só na capital, mas em todo o Estado, devido a vários fatores, entre os quais, a diminuição da oferta do produto devido ao período de defeso.
Segundo informações obtidas pelo Dieese/PA em órgãos de proteção e fiscalização do caranguejo, em 2021, o período de defeso abrangera três meses, de janeiro a março.
Em janeiro, o defeso começou no dia 14 e foi estendido até o dia 19. O segundo período começou no dia 29 de janeiro, prosseguindo até 3 de fevereiro. E o terceiro será de 29 de março a 3 de abril.
No período de defeso, ficam proibidos a captura, o transporte, o armazenamento, o beneficiamento e a comercialização do produto (caranguejo uçá). O período de defeso é estabelecido para a preservação da espécie e da atividade comercial.