Rodrigo Fonseca conta que uma viatura policial parou em frente ao bar, por volta de 1h20 do dia 2, e o sargento, líder do efetivo, pediu que ele fechasse a casa por causa do avanço do horário.
De acordo com o atual decreto governamental de medidas de combate à pandemia da covid-19, é permitido até 1h da madrugada, o funcionamento de restaurantes, lanchonetes, bares e estabelecimentos afins, desde que seja respeitada a lotação máxima de 50% da capacidade dos ambientes, sem limitação de horário pra a venda de bebidas alcoólicas ou quantidade de músicos.
“O sargento me disse que era para eu fechar porque o horário estava ultrapassado. Era 1h20, de fato, já havia passado do horário, mas eu comentei que a casa estava fechada, mas ainda havia umas 15 pessoas dentro porque esperavam o fechamento da comanda, o que é natural em um bar. O letreiro estava desligado. A casa é pequena”, contou o comerciante.
Segundo Rodrigo Fonseca, ele ainda se dirigiu ao gerente dele e pediu que os serviços fossem agilizados para o fechamento do bar, mas em pouco tempo novas quatro viaturas chegaram e cerca de 20 PMs, incluindo o sargento e, desta vez, um tenente entraram no bar e passaram a constranger o comerciante e clientes.
Ele diz que se irritou com a presença ostensiva da PM e em dado momento, como argumentava sempre que já iria fechar o bar, ele foi cercado por vários policiais, acusado de desacato e surpreendido por um policial, que o imobilizou a ponto de ele desmaiar. Rodrigo foi colocado no camburão desmaiado.
O comerciante denuncia que, ao menos, três vezes, recebeu borrifadas de spray de pimenta no rosto. “Eu acho que independente do horário, nada justifica esse tipo de atitude por parte da Polícia Militar do Pará, e principalmente, desse tenente que era o oficial de maior patente e poderia ter evitado toda essa violência contra mim”, afirmou.