Força-tarefa vai reforçar buscas no ‘cemitério clandestino’ de Ananindeua com equipamentos, diz delegado

Força-tarefa vai reforçar buscas no ‘cemitério clandestino’ de Ananindeua com equipamentos, diz delegado

Por: Villian Nunes

Foram retomadas, nesta segunda, as buscas por outras covas em novas áreas do terreno particular onde foram encontrados quatro corpos em Ananindeua, região metropolitana de Belém. Mas nada novo foi encontrado, até então. Segundo a Polícia, as equipes da força-tarefa que investiga o caso devem retornar com equipamentos específicos, como retroescavadeira, para ajudar na procura.

“O Corpo de Bombeiros identificou averiguando o terreno a possibilidade de ter novas covas, mas como anoiteceu decidimos continuar nesta segunda, iniciamos às 7h, com cerca de 40 agentes, percorrendo cerca de 300 metros. Devemos voltar com equipamento especial”, disse o delegado de Polícia Civil, Davi Cordeiro.

Já o trabalho de investigação busca verificar se os assassinatos possuem relação e identificar os autores dos crimes. Todas as vítimas foram mortas a tiros e tinham sinais de que foram torturadas. Até então, ninguém foi preso.

Na última sexta-feira (11), um cemitério clandestino foi localizado pela Polícia dentro de um terreno particular no bairro Águas Brancas, em Ananindeua, região metropolitana de Belém. Quatro corpos foram encontrados no local. Até então, somente dois foram identificados. Um deles deve passar por exames de DNA.

Desaparecido desde sábado (5), o corpo do bombeiro Alan Tadeu Neco Vieira, de 26 anos, estava no local, onde também outros três corpos estavam. Todas as vítimas foram mortas a tiros e estavam amarradas com cordas, indicando sinais de tortura, o que ainda está sendo investigado pela Polícia.

Uma das vítimas é Rômulo Matheus Farias Xavier, de 23 anos. Ele havia saído de casa para conhecer uma mulher que conheceu pela internet, segundo a família, e desapareceu na última sexta (4). O enterro dele ocorreu no fim de semana.

“Quem com tanta crueldade pôde fazer isso, e por qual motivo, isso está um ponto de interrogação que queremos saber”, diz Rose Mary Melo, professora e vizinha de Rômulo.

O delegado-geral de Polícia Walter Resende disse que “há coincidência entre os dois casos”. “Tem uma coincidência muito grande pelo dia de desaparecimento e pelo local que foram deixados, isso tudo a força-tarefa, o mais rápido possível, irá nos dar todas as respostas possíveis”.

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