Governo do Pará reúne em videoconferência para tratar compra de vacinas Sputnik
Por: Villian Nunes
O governador do Pará, Helder Barbalho, informou que representantes dos governos Nordeste e do consórcio da Amazônia Legal se reúnem ainda neste sábado (5), em videoconferência, para traçar as estratégias para a compra da vacina Sputnik V, cuja aquisição foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (4).
“Vamos alinhar o processo de vacinação e a estratégia para ampliar a vacinação em todo o Brasil, especialmente no Pará. Vamos trabalhando para que venha mais vacina para a nossa população”, afirmou o governador, em vídeo enviado à imprensa na noite desta sexta-feira.
Segundo informações da Anvisa, a vacina Sputnik V poderá ser importada em caráter excepcional pelo Brasil, em quantidades específicas, para fins de distribuição e uso em condições controladas determinadas pelo órgão.
A Agência havia, recentemente, rejeitado a compra do imunizante, em reunião da Diretoria Colegiada realizada no fim de abril deste ano, mas, após a apresentação de novos documentos por parte das unidades federativas requerentes das vacinas, e considerando o cenário da pandemia no Brasil, mudou a orientação. Porém, o órgão estabeleceu protocolos específicos para aplicação das doses e limitação de público que pode ser vacinado.
Uma parte do quantitativo de doses da vacina poderá ser importada no primeiro momento para ser utilizada dentro de um estudo de efetividade a ser seguido pelos estados requerentes. Em outras palavras, fica autorizada a importação excepcional e temporária correspondente a doses para vacinação de 1% da população de cada um dos estados descritos como requerentes pela Anvisa.
Dentro dos cronogramas enviados para o mês de junho, esse 1% representa 300 mil doses para a Bahia, 141 mil doses para o Maranhão, 46 mil doses para o Sergipe, 183 mil doses para o Ceará, 192 mil doses para Pernambuco, e 66 mil doses para o Piauí. O Pará não aparece como um dos estados autorizados a comprarem a vacina e / ou requerente dos imunizantes. A reportagem do jornal O Liberal solicitou, à assessoria do governo, nota a respeito de como o Estado pretende adquirir a Sputnik para vacinar a população paraense.
Os estados que importarem o imunizante russo deverão cumprir, entre outras 21 obrigações legais com a Anvisa, a determinação de que todos os lotes a serem destinados ao Brasil devem ser provenientes das plantas produtivas inspecionadas pela Agência: Generium e Pharmstandard UfaVita.
A Anvisa reforça que as incertezas referentes aos aspectos de qualidade, segurança e eficácia da vacina continuarão a ser avaliadas.