Populares encontram cadáver em área de mata no bairro do Curió-Utinga, em Belém

Populares encontram cadáver em área de mata no bairro do Curió-Utinga, em Belém

Por: Villian Nunes

Um cadáver do sexo masculino foi encontrado, na manhã desta terça-feira (15), em uma área de mata na avenida João Paulo II, no bairro do Curió-Utinga, em Belém. O corpo foi encontrado por trabalhadores das redondezas e foi atribuído a um homem conhecido apenas pelo apelido de “Tio”, que vivia na área em situação de rua. Ele ficava no local sozinho, há pelo menos nove meses e foi encontrado sem vida, de bruços, vestindo apenas uma cueca.

Segundo João Costa, dono de uma oficina de refrigeração de veículos, a vítima era uma pessoa tranquila e de poucas palavras. Por conta do jeito lacônico, detalhes sobre a vida pessoal dele eram desconhecidos. “Ele era sorridente, mas não parava pra conversar. Só falava rápido e brincava. Ele não era de falar com as pessoas, era muito na dele. Não mexia com ninguém. Não tocava em nada de ninguém”, detalha.

Sem ocupação fixa, “Tio” costumava recolher itens para reciclagem, como modo de levantar algum dinheiro para sobreviver. “Ele vinha pra cá, trazia o material reciclável que ele colhia. Todo dia voltava num carrinho por volta das 17h e 18h. Ele dormia aqui. E todo tempo estava sozinho”, declarou João, que atua no ponto comercial há dois anos.

No local em que a vítima morava de maneira improvisada, havia uma espécie de “cama” feita de papelão, além de outros itens de reciclagem. Os agentes encontraram, inclusive, uma cobra dentro de uma mochila com livros da vítima. O animal não era peçonhento e foi recolhido por agentes do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA).

Policiais militares atenderam a ocorrência e isolaram a área, até a chegada da Polícia Civil. Uma equipe do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) também foi acionada e esteve no local.

Apenas um exame mais detalhado deverá indicar se a vítima foi assassinada ou morreu de causas naturais, dada a falta de assistência e condições insalubres em que vivia. O corpo não apresentava sinais de violência e foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML).

0Shares