Mutação do novo coronavírus abre brecha para combatê-lo
Vírus criou mais espinhos para se ligar às células humanas, mas vacinas estão feitas para identificar essa característica
Vírus criou mais espinhos para se ligar às células humanas, mas vacinas estão feitas para identificar essa característica
O novo coronavírus sofreu algumas mutações genéticas desde quando surgiu na Ásia e foi para Europa e passou para as Américas e África, e isso pode ser benéfico para combatê-lo.
Dentre essas mutações, está o aumento do número de espinhos ou “spikes” do novo coronavírus, estrutura formada pela proteína S que possibilitou ao vírus maior poder de penetração nas células humanas para a replicação, tornando-o mais infecioso. Porém, essa mesma mutação pode ser uma vantagem para as vacinas que estão sendo produzidas para combater o vírus.
Isso porque a maioria das vacinas que estão sendo feitas e testadas justamente são “programadas” para fazer o corpo identificar e combater esses espinhos. Então, segundo estudo publicado na sexta-feira, 24, do grupo liderado pelo cientista Drew Weissman, da Universidade de Pensilvânia, a chave de mutação, que foi nomeada de D614G, pode ser uma vulnerabilidade do vírus em relação às vacinas, inclusive a desenvolvida pela Oxford e testada no Brasil.