Psicóloga analisa caso de Luísa Sonza: ‘Podem restar sequelas a longo prazo’

Psicóloga analisa caso de Luísa Sonza: ‘Podem restar sequelas a longo prazo’

Por: Villian Nunes

A psicóloga Maria Rafart falou com a coluna da Fábia Oliveira sobre a situação que Luísa Sonza está passando. A cantora recebeu ameaças de morte após o falecimento prematuro do filho de Whindersson Nunes e Maria Lina. Luísa decidiu se afastar das redes sociais e viajar para fora do Brasil para não lidar com os discursos de ódio.

Não é recente os ataques que Luísa recebe. A cantora desenvolveu depressão por causa das ofensas recebidas após se separar de Whindersson, no ano passado. A maioria das ofensas são de fãs do humorista, que acreditam que ela tenha traído Whindersson com seu namorado atual, Vitão.

A psicóloga comentou sobre os ataques na Web: “A internet é palco de muitos linchamentos virtuais. Os linchamentos são chamados de ‘cancelamentos’, mas na realidade funcionam como se fossem a mesma massa que Freud estudou. Em seu texto ‘Psicologia das Massas’, Freud estudou o comportamento humano em grupo. Chega um momento em que o ‘eu’ de cada pessoa se anula e esta pessoa passa a se comportar como a massa”, explicou.

Segundo ela, o cancelamento faz mal à saúde: “O medo é uma emoção protetiva. E é justo que todos tenhamos medo para nos proteger. Quando o medo é constante, passa a ser um sério elemento estressor. Ele pode causar o que chamamos popularmente de ‘estafa’, que é uma espécie de curto-circuito emocional. A sensação de fragilidade aumenta perigosamente, a ansiedade pode se tornar generalizada e pode originar ataques de pânico. A ansiedade pode criar uma pessoa retraída e com várias fobias”afirmou.

Ela finaliza: “O recolhimento de Luísa Sonza e seu afastamento das redes sociais, ela que, como artista, precisa das redes profissionalmente, sinaliza um evento psicológico desta dimensão. Certamente ela será atendida por profissionais da psicologia e da psiquiatria, e poderá reagir. Mesmo assim, podem restar sequelas a serem tratadas a longo prazo, como temor constante da opinião alheia e uma necessidade crescente de aprovação de terceiros”.

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