Clube do Remo e Paysandu vão dar alegria que horas?
Por: Villian Nunes
Remo e Paysandu não começaram suas competições nacionais do jeito que os torcedores queriam. Se pela Série B do Brasileiro o Leão tem apenas uma vitória em cinco jogos, somando mais três empates e uma derrota, o Papão tem um retrospecto quase que parecido na Terceira Divisão, com quatro partidas, um triunfo, dois empates e uma derrota.
Talvez a maior semelhança entre as equipes seja o baixo nível de desempenho nos duelos disputados até aqui – é claro que não iremos levar em consideração o grau de dificuldade das respectivas competições nesta comparação. Mas a verdade é que nem o lado bicolor e nem o lado azulino estão gerando maiores expectativas para o decorrer dos campeonatos.
A equipe de Paulo Bonamigo não marca há três jogos e, consequentemente, não sabe o que é vencer nesse período. O Filho da Glória e do Triunfo segue buscando um padrão de jogo (não sabe se usa o 4-3-3 ou o 4-4-2) e tenta corrigir erros defensivos, no meio de campo e no ataque durante as partidas, já que o tempo para treinamentos está sendo curto para trabalhar os ajustes em um maior espaço.
Além disso, o Leão busca compactar seus blocos, muitas vezes espaçados durante os duelos. Ora o adversário trabalha a bola com tranquilidade na intermediária, ora os azulinos sofrem nas lentas transições ofensivas e acabam parando nas marcações.
Enquanto que do outro lado da almirante, os comandados de Vinícius Eutrópio buscam uma regularidade maior. O Papão sofre com lampejos, como os bons 15 minutos finais do primeiro tempo diante do Volta Redonda, na Curuzu. Outra performance que não gerou críticas foi contra a Jacuipense, lanterna do Grupo A. Mas, no geral, os bicolores não conseguem impor seu ritmo de jogo e sofrem para chegar ao gol adversário.
O Lobo, geralmente, sofre com a lentidão e falta de criação no meio de campo, muito porque não se usa o tradicional meia de articulação, já que atua em um 4-3-3, utilizando três volantes. Os laterais erram mais cruzamentos do que acertam, anulando muitas vezes a jogada mais forte dos últimos anos do clube, a bola aérea. Talvez isso explique um pouco do incômodo jejum que vive o atacante Nicolas.
O fato é que os clubes precisam acordar para buscar voos maiores, principalmente o Paysandu, que está atrás de um acesso à Série B do Brasileiro que vem batendo na trave há duas temporadas, até mesmo para garantir uma receita maior e aliviar os cofres. O Remo não tem a obrigação de subir para a Primeira Divisão Nacional, mas pode lutar no meio da tabela, sem precisar passar sufoco perto da degola.
As competições são longas, a dupla segue se reforçando e o torcedor vai ficar aflito a cada rodada, sempre na esperança de ver o menor número de erros possíveis e um padrão de jogo que gere bons resultados. Não há tempo para lamentações, o que resta é Vinícius Eutrópio e Paulo Bonamigo trabalharem suas equipes para trazerem a alegria que os seus adeptos merecem.