Desabamento em Miami: equipes de resgate entram no 6º dia de buscas com 11 mortos e 150 desaparecidos
Por: Villian Nunes
As equipes de resgate entram nesta terça-feira (29) no 6º dia de buscas pelos desaparecidos no desabamento de parte de um prédio residencial na região de Miami, Estados Unidos.
Até o momento, 11 corpos foram encontrados nos escombros e ao menos 150 pessoas ainda estariam desaparecidas. Autoridades da Flórida divulgaram as identidades dos mortos:
- Stacy Dawn Fang, 54 anos
- Antonio Lozano, 83 anos
- Gladys Lozano, 79 anos
- Manuel LaFont, 54 anos
- Leon Oliwkowicz, 80 anos
- Luis Bermudez, 26 anos
- Anna Ortiz, 46 anos
- Cristina Beatriz Elvira, 74 anos
- Marcus Joseph Guara, 52 anos
- Frank Kleiman, 55 anos
- Michael David Altman, 50 anos
Uma criança brasileira está entre os desaparecidos. Lorenzo Leone, de 5 anos, estava com seu pai, Alfredo Leone, quando o edifício veio abaixo. Sua mãe, Raquel Oliveira, não estava no apartamento porque visitava parte da família no Colorado.
Ainda pode haver sobreviventes
Os socorristas tentam encontrar bolsões de ar onde pode haver sobreviventes do desabamento. Para isso, contam com o apoio de cães farejadores, guindastes e scanners de luz infravermelha.
Mas quanto mais o tempo passa, menores são as chances de encontrar alguém com vida sob os escombros do edifício.
Daniella Levine, prefeita do condado de Miami-Dade, que abrange a região metropolitana de Miami, disse que as famílias lidam com a notícia de que “seus entes queridos podem não sair com vida”.
‘Dano estrutural grave’
Um relatório feito em 2018 apontou que o condomínio onde ficava o prédio tinha um “grande dano estrutural”, em uma laje de concreto abaixo do deck da piscina. A empresa responsável alertou a necessidade de reparos na estrutura.
Apesar do alerta, uma autoridade municipal garantiu aos moradores do Chaplain Towers que o edifício estava “em muito bom estado”. A informação sobre o relatório e a resposta do poder público foram revelados pela imprensa americana no fim de semana.
O condomínio tinha uma grande deterioração estrutural no estacionamento, sob a torre de 40 anos, segundo o relatório. O documento alertava que uma laje estrutural de concreto precisava ser substituída “em um futuro próximo” devido a uma falha na impermeabilização.
Mas ainda não se sabe o motivo da tragédia, nem se esse dano estrutural pode estar relacionado a ela.
