Desemprego – Pandemia – 13,8 % – Brasil registra recorde de desemprego no trimestre maio-julho e preocupa população
Rio de Janeiro, 30 Set 2020 (AFP) – O índice de desemprego no Brasil subiu para 13,8% no trimestre maio-julho, um recorde desde o início da série histórica em 2012 – informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números mostram um aumento de dois pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2019 (11,8%), com um forte aumento desde fevereiro deste ano, quando estava em 11,6%, antes do início da pandemia de coronavírus.
No período maio-julho, 13,1 milhões de pessoas estavam em busca de trabalho, um número semelhante ao trimestre anterior (fevereiro-abril), porém 561.000 a mais (+4,5%) do que no mesmo período de 2019, disse o IBGE, que realiza suas análises trimestralmente.
O recorde anterior de desemprego, de 13,7%, datava do primeiro trimestre de 2017, quando o Brasil acabava de viver dois anos de recessão econômica.
O impacto da covid-19 não disparou apenas o desemprego, medido em quantidade de pessoas que buscam trabalho. O de pessoas “desencorajadas”, que desistiram de procurar por falta de oportunidades, também chegou a um recorde de 5,8 milhões (contra 5,683 milhões em junho) e 20% do que no mesmo período de 2019.
O aumento de ambas as categorias tem a ver com o fim da quarentena em vários estados do país – julgado precipitado por muitos analistas. Com quase 143.000 mortes e 4,7 milhões de casos, o Brasil é o segundo país em número de mortos (atrás dos Estados Unidos) e o terceiro em contágios (atrás de EUA e Índia).
A população ocupada caiu para 82 milhões, o menor contingente da série histórica, o que significou a destruição de 7,2 milhões de empregos em comparação ao período fevereiro-abril deste ano e de 11,6 milhões comparado ao período maio-julho de 2019.