Loja causa revolta ao criar cupom de desconto em nome de jovem grávida morta
Por: Villian Nunes
A loja de luxo Farm gerou revolta na internet ao pedir que clientes façam compras usando o cupom de desconto de Kathlen Romeu, de 24 anos, morta com um tiro de fuzil no tórax na manhã da última terça-feira (8), no Rio de Janeiro. A jovem, que estava grávida, era vendedora da marca na unidade de Ipanema.
De acordo com a empresa, o objetivo é usar uma pequena porcentagem do que for vendido, e entregá-lo à família de Kathlen, com o intuito de ajudá-la. A outra parte, no entanto, ficaria com a marca. “A partir de hoje, toda a venda feita no código de Kathlen, terá sua comissão revertida em apoio para a sua família”, dizia parte da publicação.
Imediatamente, internautas tomaram as redes sociais com comentários contra a marca. “A Farm fazendo a Kathlen trabalhar depois de morta para reverter a comissão dela em vendas pra família”, disse um. “O que a Farm está fazendo disfarçado de ato de bondade é um absurdo. É lucrar com a morte de gente preta. Não precisam disso”, escreveu outro.
Eles ainda questionam o porquê da marca não doar todo o dinheiro das vendas com o cupom de Kathlen para a família. “Quanta falta de respeito! Código? Não precisa de cupom nenhum! Vocês têm dinheiro suficiente para poder ajudar a família”, “Gente, lucrar com a morte de alguém é surreal”, diziam alguns comentários.
Após a má repercussão, a Farm pediu desculpas e disse que a ideia foi pensada por uma vendedora da marca. “Entendemos a gravidade do que representou esse ato, por isso, retiramos o código E957 do ar. Continuaremos dando o apoio e suporte à família, como fizemos desde o primeiro momento em que recebemos a notícia”, disse a empresa.