Meio Ambiente – Análise geopolítica aponta os desafios da exploração do mercado de carbono na Amazônia

Meio Ambiente – Análise geopolítica aponta os desafios da exploração do mercado de carbono na Amazônia

Por: André Santos

Fonte: ACSP Assoc.Coml São Paulo

Pinheiro Pedro,  fez uma apresentação sobre os principais pontos do mercado de carbono, destacando a sua importância para a economia brasileira e a importância da integração das pequenas e médias empresas nesse nicho.

A preservação das floresta, é hoje, uma preocupação mundial.

 

O professor e advogado Antônio Fernando Pinheiro Pedro foi o convidado da reunião do Conselho de Política Urbana (CPU) da ACSP, que aconteceu nesta quarta-feira (09/08). Pedro é responsável pelo estudo do Banco Mundial sobre o mercado de carbono no Brasil. O presidente da ACSP, Roberto Matheus Ordine, participou da abertura do evento, recebendo o convidado, e destacou a importância do mercado de carbono para o meio ambiente.

O coordenador da CPU, Antônio Carlos Pela, abriu os trabalhos anunciando que a ACSP está negociando a construção de um novo Núcleo de Acolhimento para pessoas em situação de rua na região central. O coordenador do CPU afirmou que, ”a médio e longo prazo, teremos uma modificação bastante grande e aceitável para o centro da cidade de São Paulo”. Participaram também do evento o coordenador adjunto do CPU, Alessandro Azzoni, que fez uma breve introdução ao tema, antes da apresentação do palestrante.

Antônio Fernando Pinheiro Pedro, também ex-secretário municipal de Mudanças Climáticas, fez uma apresentação sobre os principais pontos do mercado de carbono, destacando a sua importância para a economia brasileira e a importância da integração das pequenas e médias empresas nesse nicho. ”Acompanho a evolução do mercado de crédito de carbono, desde 1999, por meio das câmaras de comércio internacionais, e acredito que este pode ser muito importante para a economia brasileira, desde que adequado à nossa realidade”

Pinheiro Pedro também mostrou dados do mercado de carbono relacionados à contabilidade ambiental, padronização e metodologia para avaliação dos créditos, qualidade da gestão dos produtos e controle das tarifas, “Acho que a regulação do setor é muito importante e tenho a certeza de que entidades, como as associações comerciais podem contribuir para normatização do uso dos recursos deste setor de Carbono”. “Os ativos ambientais também precisam ser regulados e administrados”, complementou.

Para o especialista em Meio Ambiente, o mercado de crédito de carbonos está evoluindo, mas é preciso aumentar a confiança e a transparência das operações e do descarte dos resíduos sólidos. Segundo Pinheiro Pedro, o Brasil é um dos maiores geradores de energia limpa e renovável, com 60% vindo de termoelétricas. “O Brasil compra a versão eurocêntrica para se posicionar em relação ao meio ambiente. Ainda seguimos a cartilha europeia”.

O especialista acrescentou ainda: “apesar de sermos um dos países com maior geração de energia limpa, somos criticados pelos europeus em relação à Amazônia, mas vendemos muito mal nossos diferenciais ambientais. “Temos que construir uma política ambiental própria e acabar com esta relação colonialista. Parece que ainda estamos no século XIX”, conclui o palestrante.

 

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