Pará exportou US$ 8.305 bilhões no primeiro semestre
Números representam aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado
Durante o primeiro semestre de 2020, o Pará exportou o total de US$ 8.305 bilhões, com variação positiva de 12,60% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o resultado, o Estado ficou em terceiro lugar em saldo no ranking nacional, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Minas Gerais. Os dados são do Ministério da Economia, analisados e divulgados nesta terça-feira (7) pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (CIN/Fiepa).
A coordenadora do CIN/Fiepa, Cassandra Lobato, argumenta que o Pará conseguiu manter sua presença positiva no mercado internacional, ainda que a conjuntura econômica tenha sido desfavorável, com os impactos econômicos trazidos pandemia do novo coronavírus. “Nos últimos dois meses, maio e junho, tivemos uma queda no saldo das nossas exportações, o que já era esperado frente a todos os obstáculos que nossas indústrias vêm enfrentando em meio a esse cenário de crise global. Entretanto, é importante ressaltar que, mesmo diante deste quadro tão desafiador, conseguimos manter um resultado positivo nas exportações graças em grande parte ao compromisso das nossas empresas, da nossa indústria em honrar seus contratos internacionais e com isso manter sua competitividade em meio a todos os problemas gerados pela pandemia da covid-19 que vem atingindo o mercado internacional como um todo”, avalia Lobato.
A tradição do Pará como economia exportadora de commodities (matéria-prima produzida em grande escala) chama a atenção novamente no levantamento do comércio no primeiro semestre, já que o setor mineral manteve sua hegemonia como o que mais contribuiu para o resultado geral das exportações no Estado, com 87,62% de participação na balança comercial paraense e US$ 7.277 bilhões em produtos vendidos ao exterior, principalmente para o mercado asiático. Entre os minerais, o minério de ferro aparece em primeiro lugar, com US$ 4.906 bilhões exportados para a China.
Mesmo com uma variação negativa de 16,62%, a madeira, também um produto tradicional, se manteve em destaque com a exportação de US$ 101.203 milhões, tendo como principal destino os Estados Unidos.
A soja, ao contrário da madeira, apresentou variação positiva em relação ao mesmo período do ano passado, com 48,39% e US$ 471.687 milhões exportados, principalmente para o comércio chinês. Outros produtos que também tiveram desempenho positivo entre os não tradicionais foram as carnes e bovinos, com um valor exportado de US$ 209.856 milhões e variação positiva de 107,57%. Além dos óleos combustíveis, que neste primeiro semestre tiveram um crescimento de 163,22% em relação ao ano anterior, com US$ 20.158 milhões em exportações.