Suspeito de estuprar e matar menina em obra de Catalão é preso no Maranhão quase 8 anos após o crime
Por: Villian Nunes
Um homem de 47 anos foi preso no Maranhão, suspeito de estuprar e matar a pauladas a menina Iasmin Martins de Souza, de 8 anos, em Catalão, na região sudeste de Goiás , em 2013. O delegado Jean Arruda diz que o homem foi localizado e a Polícia Civil do estado cumpriu o mandado de prisão temporária na zona rural do município de Poção das Pedras, a 350 km de São Luís do Maranhão.
“Esse suspeito morava em Catalão na época e, recentemente, após inúmeras diligências e vários investigados descartados, através do uso de inteligência policial e cruzamento de dados, colhemos indícios e chegamos a esse possível suspeito”, explica o delegado.
Por não ter a identidade divulgada, o G1 não conseguiu contato com a defesa do suspeito.
Em comunicado, a PC do Maranhão narra que o homem foi preso na última quarta-feira (16) e encaminhado para a Unidade Prisional de Pedreiras, no povoado Barriguda do Insono, e ficará à disposição da justiça. O delegado de Jean Arruda disse que após os trâmites legais, ele será transferido para Goiás, mas ainda não há uma data definida.
“Ainda são necessárias mais diligências para, após colher provas, ver se ele vai ser indiciado ou não pelo crime”, completa o investigador.
De acordo com a PC, a identidade do suspeito e as investigações seguirão sob sigilo, para resguardar as fontes e as técnicas investigativas. O delegado pontua que a titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Catalão, Alessandra Maria de Castro, ficará à frente do caso.
Relembre
O crime aconteceu em dezembro 8 de dezembro de 2013, após a menina sair da casa da avó para ir até a feira onde a mãe estava trabalhando. Contudo, a criança não chegou ao local. A polícia diz que o corpo dela foi encontrado no dia seguinte, com um pano enrolado na cabeça e nua da cintura para baixo, em uma casa em construção.
Na época, a delegada Alessandra de Castro descreveu ao G1 que ao lado do corpo havia uma boneca e um pedaço de madeira cheio de sangue.
Um pedreiro chegou a ser preso suspeito do crime, depois de relatos que ele teria sido visto com a menina horas antes da morte. O homem, que tinha 37 anos na época, negou a autoria, mas mesmo assim foi preso.
O crime causou revolta nos detentos, que fizeram uma rebelião para exigir que o pedreiro não ficasse no local. No entanto, ele foi inocentado após exame de DNA, que analisou o material genético encontrado em Iasmin, comparando com o dele.