Lázaro liga para mãe e ela desabafa: “a vida acabou”
Por: Villian Nunes
A familiares do foragido da justiça identificado como Lázaro Barbosa de Sousa, suspeito de assassinar quatro pessoas da mesma família em Ceilândia Norte, no último dia 9 de junho, ainda tem esperança que ele se entregue a polícia. Desde então uma força-tarefa estão sendo realizadas para tentar capturar o criminoso.
Abalada, a mãe do serial killer disse que não tem condições financeiras de contratar um advogado para defender o filho. Os parentes do fugitivo já disseram que podem apenas auxiliar em possíveis negociações entre ele e a polícia. Por enquanto, as autoridades não destacaram essa possibilidade.
A mãe do criminoso, Eva Maria Sousa, de 51 anos, disse que, apesar de não ter dinheiro para contratar um advogado para Lázaro, conta com a ajuda de um profissional de Brasília, que se dispôs a colaborar com a negociação. Novamente, pediu que ele se renda.
Para Eva, a prisão do filho seria a melhor solução neste momento. Desde o assassinato dos membros da família Vidal, ela só conversou com Lázaro em uma única vez. “Ele entrou em contato uma vez, por telefone. Eu estava muito nervosa e perguntei para ele: ‘Cadê a mulher [Cleonice, que estava desaparecida, à época]?’. Ele disse ‘Não sei. Não está comigo’. Depois, não falou mais nada e desligou, quando falei para ele que meu telefone estava rastreado”, contou.
A ligação feita pelo fugitivo ocorreu de um número desconhecido. Mesmo assim, ela tentou retornar as ligações, mas ele não a atendeu. Segundo ela, esse foi o último contato de Lázaro desde o início das buscas. A mãe conta ainda que, devido muitas pessoas ameaçar fazer justiça com as próprias mãos, a família tem trocado o número do telefone e endereço com frequência. “Está muito difícil. Não tenho cabeça para nada. Não consigo viver mais. Para mim, a vida acabou”, desabafou.
Eva Maria e o marido moravam em Águas Lindas (GO) e trabalhavam como caseiros em uma chácara. Eles se mudaram para o interior da Bahia depois da chacina contra a família Vidal. “Tivemos de sair do nosso emprego e da cidade. Estamos recebendo muitas ameaças. Não estamos nada bem”, afirmou Eva Maria. “As forças de segurança não entraram em contato conosco para ajudarmos a convencê-lo (a se entregar)”, completou.