Moradora de local onde tesouro foi achado precisa mudar de cidade após repercussão do caso
Fonte: DOL
Por: Rafael Cruz
O calvário da proprietária do terreno começou quando as imagens de um carrinho de mão repleto de moedas viralizaram nas redes sociais do Pará e de todo o Brasil.
Em declarações para o portal UOL, o servidor público Hernani Júnior, filho da idosa, disse que, após a repercussão do caso, muitas pessoas passaram a invadir o terreno.
O valor das moedas atrai. Segundo especialistas, as moedas encontradas são do período em que o país integrava o Reino de Portugal, Brasil e Algarve e podem chegar a valer de R$ 15 a R$ 20 mil cada uma. Logo após o achado, algumas moedas chegaram a ser encontradas sendo vendidas por R$ 150 reais, parcelado de 10 vezes, em sites de anúncios.
O calvário da proprietária do terreno começou quando as imagens de um carrinho de mão repleto de moedas viralizaram nas redes sociais do Pará e de todo o Brasil. Após a circulação das imagens, os caçadores de relíquias passaram a invadir o local, mesmo após o isolamento da área realizado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), após denúncia da prefeitura de Colares.
Em um dos episódios, a mulher, que não é identificada por questões de segurança, foi agredida por um dos invasores, que chegou a entrar em sua casa em busca de moedas. O caso ocorreu uma semana depois do achado.
“Ela gritou dizendo que iria chamar a polícia porque não poderia mexer no terreno. Nisso, o indivíduo a atacou, mas deixou hematomas no rosto e na cabeça. Depois de chamar os vizinhos, esse homem fugiu e ainda levou o celular. No mesmo dia, levamos minha e mãe e minha tia para Belém para manter a segurança delas”, relatou o filho.
A prefeitura da cidade de Colares disse na época que acionou os órgãos responsáveis após denúncia de moradores do local, que disseram que um homem com um detector de metais se passou por professor de história e junto com outras pessoas levou dezenas de moedas. Desde então, o Iphan iniciou processo de mapeamento.