Belém sob a fumaça: clima de queimada repercute em vários bairros

Belém sob a fumaça: clima de queimada repercute em vários bairros

Baixa visibilidade pela manhã e forte cheiro chamam a atenção. Inmet e Semas ainda não detalham fenômeno

Belém sente nesta quinta-feira (20) mais um dia com forte cheiro de fumaça e visibilidade reduzida no céu da capital. O fenômeno repercutiu nas redes. Várias postagens registraram reclamações. Os relatos se repertiram em diversos bairros.

No Marco e no bairro do Curió-Utinga, o cheiro de fumaça se intensificou. Na Cremação e em outras vizinhanças os relatos já duram uma semana.

Esta manhã, a fumaça também podia ser avistada no horizonte pelos motoristas que enfrentaram o trânsito na BR-316. O mesmo se repetiu logo cedo em corredores como a Almirante Barroso.

A redação integrada de O Liberal procurou esta manhã o 2º Distrito Meteorológico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) para comentar o fenômeno e saber se ele tem relação com fenômenos climáticos ou com as queimadas da região nessa época do ano, mas ainda não obtvemos respostas.

Temporada de clima seco

Ainda nesta quarta-feira (19) o Inmet e a Semas confirmaram à reportagem que uma massa de ar seco (predominante no Oeste e Central do País) tem se situado de forma expressiva em todo o Estado e chamado a atenção dos técnicos do Inmet. De 22 de julho até esta quarta-feira (19), a Região Metropolitana de Belém teve apenas dois dias de chuva: dia 3 deste mês, com 5 ml, e no dia 8, com 0.9 ml. Há previsão de chuva também para essa quinta-feira.

“Esse é um fato raro. Quase 30 dias sem chover na RMB”, afirmou José Raimundo Sousa. No Sul do Pará, já são 60 dias sem chover. A unidade relativa do ar na RMB é de 38%, ou seja, ar seco, quando o normal é na faixa de 50%. No Sul do Pará, a taxa é inferior a 20%, o que tem alarmado produtores rurais. O ar muito seco é prejudicial à saúde dos seres humanos.

A temperatura na Grande Belém tem variado de 23.5 ºC (mínima) a 36.8ºC (máxima). No Sul e Sudeste paraenses, já chegou a 39 ºC, o que aumenta o risco de fogo na vegetação. No final do mês, deverão retornar as chuvas no Estado.

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